Em
1531, uma frota foi confiada a Martin Afonso de Souza, que tinha como
objetivo expulsar os corsários franceses da Costa brasileira, além de
ir até o sul do estuário do Rio da Prata e fundar um ou mais núcleos
de povoamento. A navegação foi feita próxima da Costa, permitindo
observações que resultariam na descoberta de vários acidentes
geográficos, entre os quais, a barra por onde o caudal da Lagoa dos
Patos é despejado no Oceano Atlântico.
Era
o dia em que o calendário eclesiástico recorda a Cátedra de Pedro,
que partindo de Antioquia, chegara a Roma para iniciar, no poderoso
Império, a pregação do Cristianismo. A data inspirou o topônimo
equivocado: Rio de São Pedro.
Posteriormente,
para diferenciar de outro rio, que levava o mesmo nome do Padroeiro da
Igreja, passou a ser chamado de Rio Grande de São Pedro, devido a sua
grande dimensão.
Fachada da
Catedral de São Pedro, a mais antiga do estado do Rio Grande do Sul,
no Largo
Dr. Pio - Rio Grande - RS
Em
1680, Portugal funda a Colônia do Sacramento, na margem esquerda do
estuário do Prata, defronte a Buenos Aires.
Próximo
à barra chamada do Rio Grande de São Pedro, único acesso oferecido à
navegação na costa contínua, deveria estabelecer-se o núcleo
pioneiro, de onde Portugal faria irradiar o povoamento, consolidando a
posse da terra.
Favorecendo
a infiltração de seus súditos, através de Laguna (Santa Catarina)
implantada em 1684, Portugal assentara a base de ocupação do
Continente de São Pedro, através de estabelecimentos de criação de
gado a ocupar grandes extensões de terra. Essa ocupação fez sentir a
necessidade de assistência religiosa e, antes de qualquer ação
oficial, que estendesse a soberania lusitana ao Continente cobiçado,
uma Provisão de 6 de agosto de 1736 criava a Freguesia de São Pedro, a
abranger todo o seu território.
Bandeira do
município do Rio Grande - RS
Cidade
mais antiga do Rio Grande do Sul, Rio Grande foi fundada em 19 de
fevereiro de 1737, pelo Brigadeiro José da Silva Paes, que comandava
uma expedição militar portuguesa, destinada a assegurar aos lusitanos,
a posse de terras no Sul, objeto de disputa entre Portugal e Espanha,
materializada em batalhas, onde se defrontavam luso-brasileiros e
castelhanos em terras hoje gaúchas e uruguaias.
Ponto
estratégico para a consecução dos objetivos de denominação lusa, a
Barra do Rio Grande de São Pedro, constituía-se no acesso ideal para
que aqui se instalasse um reduto militar que, efetivamente, garantisse a
presença portuguesa no Sul, mesmo após a queda da Colônia do
Sacramento.
Em
1737, o Brigadeiro José da Silva Paes transpôs a Barra do Rio Grande
de São Pedro, aqui fundando o presídio do Rio Grande, e erguendo o
Forte Jesus, Maria e José. Nascia assim a primeira povoação do Rio
Grande do Sul. Em 1751, o povoado foi elevado à condição de vila.
Monumento Brigadeiro José da Silva Paes na
praça Xavier Ferreira (Centro)
Com
o crescimento da Vila, em 1760 o Rio Grande, que até então estava
sujeito a Capitania de Santa Catarina, passou a ser a Capital da nova
Organização Administrativa, a Capitania do Rio Grande de São Pedro.
Mas
os conflitos entre Portugal e Espanha, por disputa de terras no extremo
sul, ainda eram constantes. Assim, a Vila foi ocupada pelos Espanhóis
em 1763, que aqui permaneceram por 13 anos, quando em abril de 1776, o
Governo Português reconquistou a Vila, graças a ação do Sargento-Mor
Rafael Pinto Bandeira.
Em
1835, a Vila do Rio Grande de São Pedro, passou a denominação de
Cidade do Rio Grande.
Com
a Revolução Farroupilha, Rio Grande retornou a condição de Capital
da Província, devido a transferência da Sede do Governo Imperial de
Porto Alegre, ameaçada pelos Farroupilhas, para o nosso Município.
Monumento e
túmulo do General Bento Gonçalves, no centro da Praça Tamandaré,
Rio Grande
- RS
Centro da Cidade do Rio Grande
O município do Rio Grande é o mais antigo do Estado e guarda nas suas
ruas e avenidas belos prédios e monumentos. Os traços da arquitetura
portuguesa do século passado estão em todos os cantos, chamando a
atenção e encantando os visitantes. A colonização portuguesa, seus
prédios antigos tombados e recuperados, as atrações turísticas e
gastronômicas fazem do Rio Grande um município especial.
Os
visitantes têm uma grata surpresa, pois, Rio Grande sempre recebe bem
quem a visita.
Através
deste breve histórico, você está conhecendo um pouco da cidade do Rio
Grande, Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul, também, conhecida
como NOIVA DO MAR.
Câmara de Vereadores da cidade do Rio Grande, situada na rua General
Vitorino
Prédio dos Correios e Telégrafos na rua
General Neto
Banca de Peixe do Mercado Público Municipal e,
ao lado, a parte de trás da Biblioteca
Rio-grandense
Fórum do Rio Grande, na AV. Silva Paes esquina
Benjamin Constant
Vista aérea do Superporto do Rio Grande
Dados
do Município do Rio Grande |
Data
de Fundação |
19 de fevereiro de
1737 |
Fundador
|
Brigadeiro José
da Silva Paes |
Fundação
|
De colonização
portuguesa, fundada pelo brigadeiro José da Silva Paes em 19 de
fevereiro de 1737, sendo o município mais antigo do estado. Foi
elevada a categoria de cidade em 1835. |
Localização
|
Localiza-se na
planície costeira do litoral sul. Sua configuração é a de
uma restinga costeira. |
Limites
|
Ao norte com
Pelotas e Lagoa dos Patos; ao sul com Santa Vitória do Palmar;
a leste com o Oceano Atlântico e Canal do Rio Grande; a oeste
com Pelotas, Arroio Grande e Lagoa Mirim. |
Altitude
|
Dois metros acima
do nível do mar. |
População
|
Sua população
está estimada em 200 mil habitantes. |
Área |
3.338 Km². |
Clima
|
Subtropical
Marítimo, com temperatura mínima de 2°C e média normal de
inverno de 13,4°C. No verão a temperatura mínima é de 18°C
e a média normal é de 22,6°C. |
Distâncias da
Cidade do Rio Grande |
Cassino
|
23
|
Pelotas
|
57
|
São Lourenço
|
128
|
Chui
|
242
|
Jaguarão
|
183
|
Caxias do Sul
|
450
|
Porto Alegre
|
320
|
Florianópolis
|
740
|
Curitiba
|
1040
|
Montevidéu
|
590
|
Buenos Aires
|
1164
|
Distâncias em Km
|