Bastonete de Pólvora           Reservistas da "Classe de 1935"
 

 

Durante o período de caserna, 1954 / 1955, algumas embalagens com peso médio, foram colocadas numa cela vazia (xilindró).  Não se soube por que  motivo estava vazia, por falta de alterações não era.  Essas embalagens foram  empilhadas, mas, como o peso era muito, as embalagens foram se desmanchando e o conteúdo começou a se espalhar pelo chão da cela, chegando bem perto das grades.   Alguns soldados observaram que aquele material era carga de projeção, ou melhor, bastonetes de pólvora, para o projétil do canhão Vickers Armstrong.   

Esses bastonetes eram originários da Itália, sua composição era Nitroglicocelulose ou Cordite. Popularmente, eram conhecidos por “macarrão”, pois, o seu formato era semelhante ao macarrão usado na mesa e, acreditem, eram fabricados em máquinas de fazer macarrão.  Mediam 78 cm e vinham acondicionados em pacotes, contendo 52 bastonetes, pesando 12,75 kg. 

 

Queima de "bastonetes de artifício"

 

Os soldados “tomaram emprestados” vários bastonetes e, quando chegou a noite, a festa foi exuberante:   colocavam fogo numa das pontas do bastonete e o soltavam.   Eles saiam assobiando e serpenteando pelos ares, em alta velocidade, deixando um rastro de fogo e fumaça, por onde passavam.  O quartel não tinha apreciado, até então, uma demonstração  tão bonita de  “fogos de artifício”, no seu pátio interno e, até, nos alojamentos.

Depois  dessa festa, a cela vazia recebeu novos “ hóspedes”.

 

Para identificar o soldado, veja o número na relação de Integrantes da Classe de 1935 !

 

 

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por Gil Souza de Souza  & Hélio Alves de Souza