Durante
o período de caserna, 1954 / 1955, algumas embalagens com peso médio,
foram colocadas numa cela vazia (xilindró).
Não se soube por que motivo
estava vazia, por falta de alterações não era.
Essas embalagens foram empilhadas,
mas, como o peso era muito, as embalagens foram se desmanchando e o
conteúdo começou a se espalhar pelo chão da cela, chegando bem perto
das grades. Alguns soldados observaram que aquele material
era carga de projeção, ou melhor, bastonetes de pólvora, para o projétil
do canhão Vickers Armstrong.
Esses
bastonetes eram originários da Itália, sua composição era
Nitroglicocelulose ou Cordite. Popularmente, eram conhecidos por “macarrão”,
pois, o seu formato era semelhante ao macarrão usado na mesa e,
acreditem,
eram fabricados em máquinas de fazer macarrão.
Mediam 78 cm e vinham acondicionados em pacotes, contendo 52
bastonetes, pesando 12,75 kg.
Queima
de "bastonetes de artifício"
Os
soldados “tomaram emprestados” vários bastonetes e, quando chegou a
noite, a festa foi exuberante: colocavam fogo numa das
pontas do bastonete e o soltavam. Eles saiam assobiando e
serpenteando pelos ares, em alta velocidade, deixando um rastro de fogo
e fumaça, por onde passavam. O quartel não tinha apreciado, até então,
uma demonstração tão
bonita de “fogos de artifício”,
no seu pátio interno e, até, nos alojamentos.
Depois
dessa festa, a cela vazia recebeu novos “ hóspedes”.
Para
identificar o soldado, veja o número na relação de Integrantes
da Classe de 1935 !