Canção do Expedicionário Reservistas da "Classe de 1935" | |
Letra:
Guilherme de Almeida Música: Spartaco Rossi |
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Você
sabe de onde eu venho? Venho
do morro, do engenho, Das
selvas, dos cafezais, Da
boa terra do coco, Da
choupana onde um é pouco, Dois
é bom, três é demais, Venho
das praias sedosas, Das
montanhas alterosas, Dos
pampas, do seringal, Das
margens crespas dos rios, Dos
verdes mares bravios Da
minha terra natal.
Por
mais terras que eu percorra, Não
permita Deus que eu morra Sem
que volte para lá; Sem
que leve por divisa Esse
"V" que simboliza A
Vitória que virá: Nossa
Vitória final, Que
é a mira do meu fuzil, A
ração do meu bornal, A
água do meu cantil, As
asas do meu ideal, A
glória do meu Brasil.
Eu
venho da minha terra, Da
casa branca da serra E
do luar do meu sertão; Venho
da minha Maria Cujo
nome principia Na
palma de minha mão, Braços
mornos de Moema, Lábios
de mel de Iracema Estendidos
pra mim. Ó
minha terra querida Da
senhora Aparecida E
do Senhor do Bonfim
Estribilho
Você
sabe de onde eu venho? É
de uma Pátria que eu tenho No
bojo do meu violão; Que
de viver em meu peito Foi
até tomando jeito De
um enorme coração. Deixei
lá atrás meu terreiro, Meu
limão, meu limoeiro, Meu
pé de jacarandá, Minha
casa pequenina Lá
no alto da colina, Onde
canta o sabiá.
Estribilho
Venho
do além desse monte Que
ainda azula o horizonte, Onde
o nosso amor nasceu; Do
rancho que eu tinha ao lado Um
coqueiro que, coitado, De
saudade já morreu. Venho
do verde mais belo, Do
mais dourado amarelo, Do
azul mais cheios de luz, Cheio
de estrelas prateadas Que
se ajoelham deslumbradas, Fazendo
o sinal da cruz!
Estribilho
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